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Showing posts from March, 2009

BLUESTIME recomenda: IGOR PRADO BLUES BAND NO TEATRO DO SESC-SANTOS

IGOR PRADO BLUES BAND - Quarta dia 01/04 Sem sombra de dúvidas, uma banda de blues absolutamente única na cena brasileira. Comandada pelo guitarrista IGOR PRADO, a banda segue os passos de grupos de blues da California como o LITTLE CHARLIE & THE NIGHTCATS, HOLLYWOOD FATS BLUES BAND e ROD PIAZZA & THE MIGHTY FLYERS, que se especializaram num gênero chamado "West Coast Jump Blues", que mescla o swing delicado de bluesmen clássicos como T-Bone Walker e Johnny Guitar Watson com a explosão de sopros e a batida acelerada dos combos endiabrados de Kansas City e Saint Louis, onde jazz e blues se fundem numa coisa só. Com três discos lançados e uma reputação invejável em todo o continente americano, a IGOR PRADO BLUES BAND se apresenta em Santos pela primeira vez. Preparem-se, portanto, para uma noite agitada e inesquecível. Produção: Dois Por Quatro Comunicação Realização: Jazz, Bossa & Blues, Revista Ao Vivo e Sesc Santos. Horário: sempre às 20h Local: Teatro do SESC-Sa

LURRIE BELL em BLUESTIME (30 Março 2009)

por Chico Marques fotos: Inês Dupetit Digamos que uma pessoa que jamais tenha tido qualquer contato com o Blues de Chicago, caísse de paraquedas no Teatro do SESC Santos no último sábado de Agosto de 2008 e assistisse inadvertidamente à performance musical de Lurrie Bell e sua Chicago Blues Band. A pergunta é: teria essa pessoa alguma chance de não ser abduzida pela elegância e pela levada fulminante desses grandes músicos e desse gênero musical absolutamente cativante? Eu acho pouco provável. O groove do Blues de Chicago é muito poderoso. E o formato musical adotado pelo quarteto de Lurrie Bell é -- ao menos na minha opinião -- o mais cativante de todos: baixo, bateria, órgão e guitarra. Uma combinação inaugurada nos bares do Lado Oeste de Chicago no final dos anos 50, que acabou dando o tom nos trabalhos dos jovens expoentes do gênero na década de 60, como Otis Rush, Magic Sam, Buddy Guy e Michael Bloomfield. Se hoje esse formato musical virou clássico, é graças ao talento inigualáv

HOLMES BROTHERS em BLUESTIME (30 Março 2009)

Os Holmes Brothers são compostos pelo guitarista e vocalista Wendell Holmes, mais o baixista e vocalista Sherman Holmes, e ainda o baterista e vocalista Popsy Dixon. Eles nasceram na Virgínia e depois passaram mais de duas décadas circulando pela noite da cidade de Nova York, cada um tocando numa banda diferente. Só em 1980 eles uniram forças e criaram os Holmes Brothers, com sua deliciosa mistura de blues, soul e gospel. Em pouco tempo, estava, fora dos clubes noturnos da cidade rumo e frequentando festivais internacionais de blues. O primeiro grande momento da banda veio num disco de gospel simplesmente divino gravado para o selo Real World, de Peter Gabriel, chamado "Jubilation". Depois compuseram a premiada trilha sonora para o filme independente "Lotto Land". E agora, na Alligator Records, eles chegam já brilhando forte com "Speaking in Tongues", produzido por uma velha amiga, a cantora pop Joan Osborne. Sherman Holmes fala um pouco sobre tudo isso em

MIKE BLOOMFIELD em BLUESTIME (23 MARÇO 2009)

Poucos artistas brancos conseguiram mergulhar tão fundo no espírito do blues de Chicago quanto Michael Bloomfield. Judeu de Chicago, ele nasceu há exatos 65 anos. Envolveu-se desde cedo com músicos veteranos de blues, e se escolou com os maiorais do gênero, que ainda estavam vivos e muito ativos no início dos anos 60. Tocou guitarra nas bandas deles todos -- desde Muddy Waters e Howlin' Wolf até Sleepy John Estes e Yank Rachell --. e logo foi reconhecido como um grande talento emergente, apesar de ser ainda muito jovem. Mas já tinha maturidade musical suficiente para, em 1964, aos 21 anos de idade, unir forças a outros branquelos nada azedos chamados Paul Butterfield e Elvin BIshop, e montar uma banda branca de blues, que, depois de alguns ensaios e demos inciais, acabou contratada pela Elektra Records para gravar sob a tutela do tarimbado produtor Paul Rothchild -- que gostou muito do que ouviu, mas pediu que eles acelerassem o compasso das canções, só para tentar agradar o públic

SHEMEKIA COPELAND em BLUESTIME (16 Março 2009)

Shemekia Copeland começou a cantar profissionalmente ainda adolescente, como integrante da banda de seu pai, o fabuloso guitarrista de blues texano Johnny Copeland. Desenvolveu um jeito de cantar que às vezes lembrava Koko Taylor, outras vezes Etta James, e que fornecia um contraponto bem interessante ao estilo vocal de seu pai em suas performances deliciosas nos palcos. Em 4 anos na banda de seu pai, Shemekia aprendeu tudo o que precisava saber para poder se aventurar em uma carreira solo sem cair nas armadilhas que prejudicam quase todo músico estreante. O primeiro disco de Shemekia Copeland como artista solo foi lançado em 1998, quando ela tinha apenas 19 anos, e se chamava "Turn the Heat Up". Foi um estouro. Recebeu um destaque todo especial da imprensa especializada pela explosão de energia e paixão que ela conseguiu transmitir nas gravações. Seu pai, infelizmente, não viveu o suficiente para ver sua filha ser saudada como a grande revelação na cena do blues de 1998, mas

SAFFIRE - THE UPPITY BLUES WOMEN em BLUESTIME (16 Março 2009)

As 3 integrantes do grupo Saffire - The Uppity Blues Women surgiram na cena de Virgínia nos anos 80 homenageando grandes compositoras e grandes cantoras do passado, tanto do blues quanto do jazz, como Bessie Smith, Ma Rainey, Memphis Minnie, e Ida Cox. Circulavam por Universidades e pelo circuito dos Festivais dando novas roupagens para velhos temas de blues, sempre com uma atitude artística que oscilava entre o historicismo musical e uma brincadeira de cabaret. Com o tempo, no entanto, essa proposta foi-se transformando em algo bem mais consistente em termos artísticos, e, quando as 3 decidiram se aventurar também como compositoras, o Saffire - The Uppity Blues Women não teve outra alternativa senão mudar de postura e assimir que eram um grupo de artistas de verdade. Não foi fácil para elas largar seus trabalhos para virar músicos em tempo inetgral. As integrantes do Saffire - The Uppity Blues Women são a pianista Ann Rabson (ex-programadora de computadores), a guitarrista Gaye Adegba

DEREK TRUCKS em BLUESTIME (9 Março 2009)

Confinar Derek Trucks em um segmento musical é uma tarefa quase impossível. Dono de um estilo que desafia definições, esse jovem guitarrista de apenas 30 anos de idade está completando também 18 anos de carreira, e já é responsável por uma discografia bastante sólida à frente de sua Derek Trucks Band, com sete discos impressionantes lançados de 1997 para cá. E, como todos sabem, quando não está por aí com a Derek Trucks Band, ele divide a cena com o veterano guitarrista Warren Haynes na linha de frente da lendária Allman Brothers Band, banda da qual seu tio, Butch Trucks, fez parte na década de 1970. Sua música é uma combinação demolidora de fogo, improvisação e inspiração num blend musical único de rock, blues e jazz. E o que é mais impressionante -- para mim, pelo menos -- é que, em seus discos solo, Derek parece estar sempre fugindo de fórmulas que tornem sua música mais simples de ser absorvida pelos fãs de seu trabalho na Allman Brothers Band. Seus discos sempre são inusitados, e

ERIC LINDELL em BLUESTIME (9 Março 2009)

Nascido em San Mateo, California, em 1969, Eric Lindell é um guitarrista e cantor extremamente talentoso que deu o azar de crescer na aridez artística do interiorzão da Califórnia. Para contornar esta adversidade geográfica, o jeito era dar umas fugidas eventuais até San Francisco para conhecer de perto o que rolava na noite de lá, e também para tentar se enturmar na cena musical da cidade. A vida não era fácil para Eric Lindell: garantia o seu ganha-pão trabalhando (literalmente) como padeiro durante o dia -- isso para poder tocar à noite, muitas vezes de graça, nos bares e nightclubs de Sonoma County. Extremamente talentoso, logo começou a colecionar pequenas vitórias. Em 1996 ele lançou seu primeiro disco, "Bring It Back", para a Flying Harold Records. Em 1999, Eric ganhou a prestigiada Competição de Compositores John Lennon com sua música "Kelly Ann." As coisas estavam começando a acontecer, finalmente, e então, ainda em 1999, o obstinado Eric Lindell decidiu mu